Ivo Barroso (1929) é poeta e tradutor mineiro. Estudou línguas e literaturas neolatinas na antiga Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro. Na década de 1960, integrou o movimento concretista e trabalhou na redação da revista Senhor. Convidado por Paulo Rónai, foi um tradutores encarregados da lendária Coleção dos Prêmios Nobel de Literatura. Em 1968, foi viver na Holanda. Em 1970, ajudou Antonio Houaiss na confecção da Grande Enciclopédia Delta-Larousse. Trabalhou também com Carlos Lacerda na Enciclopédia Século XX. Foi redator-chefe da revista Seleções do Reader’s Digest em Portugal. Morou na Inglaterra, na Suécia e em Paris. Traduziu cerca de 40 livros de diversas línguas. É conhecido por sua tradução da obra completa de Rimbaud. Ganhou o Prêmio Jabuti de 1992 pela tradução de O livro dos gatos, de T. S. Eliot; o Prêmio Paulo Rónai da Biblioteca Nacional pela Novela do bom Velho e da Bela Mocinha, de Italo Svevo (1997) e o prêmio da ABL (Academia Brasileira de Letras) de tradução por seu trabalho no Teatro completo, de T. S. Eliot. Seus poemas estão em Nau dos náufragos (Lisboa: Minerva, 1981); As quatro visitações de Alcipe (Lisboa: Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, 1991) e A caça virtual e outros poemas (Record, 2001). Constam no levantamento de tradução poética entre 1960 e 2009 as seguintes traduções assinadas por Barroso: Obra completa de T.S. Eliot, em conjunto com Ivan Junqueira (Siciliano, 2004); Poemas reunidos 1934-63, de Dylan Thomas (José Olympio, 2003); Poesias, de Erik Axel Karlfeldt (Delta, 1964); O livro dos gatos, de Eliot (Nórdica, 1991); 24 sonetos, de Shakesperae (Nova Fronteira, 1978); Shakespeare, 30 sonetos (Nova Fronteira, 1991); 42 sonetos, de Shakespeare (Nova Fronteira, 2005); Uma estadia no inferno (Topbooks, 1994) e Prosa poética (Topbooks, 1998), ambos de Arthur Rimbaud, Diário póstumo, de Egenio Montale (Record, 2000) e O casamento do céu e do inferno (Hedra, 2008), de William Blake. Tem traduções suas no volume Poesia e prosa, de Leopardi (Nova Aguilar, 1996); e traduziu Hipóteses de amor, de Annalisa Cima em parceria com Alexandre Eulálio (Ateliê, 2002). Suas traduções de poemas de Blake, Rilke, Shakespeare, Yeats, Eliot, Lorca e Baudelaire foram reunidos na antologia O torso e o gato (Record, 1991). Continue lendo “Ivo Barroso” →