Péricles Eugênio da Silva Ramos
Péricles Eugênio da Silva Ramos (1919-1992) foi poeta pertencente à Geração de 45. Fundou em 1947, ao lado de outros escritores e poetas, a Revista Brasileira de Poesia. A publicação circulou entre 1947 e 1956 e divulgou os preceitos estéticos da Geração de 45 e foi o embrião do Clube de Poesia de São Paulo. A tradução teve um grande espaço nessa revista, que divulgou em todos os números poetas de várias nacionalidades, como o francês Paul Valéry, o cubano Nicolas Guillén e o alemão Rainer Maria Rilke. Silva Ramos foi também ensaísta, crítico literário e professor universitário. Em 1946, estreou com o livro de poemas Lamentação Floral. Manteve por vários anos uma coluna de crítica literária no Jornal de São Paulo, no Correio Paulistano e na Folha da Manhã. Organizou várias antologias da poesia brasileira e foi responsável pela edição da obra poética de Francisca Júlia (1874 – 1920) e Álvares de Azevedo (1831 – 1852). A partir de 1966, lecionou literatura portuguesa e técnica de redação na Faculdade de Comunicação Social Cásper (SP). Foi tradutor de Shakespeare, Mallarmé, François Villon e Góngora, entre outros. Entre as décadas de 1960 e 1990, publicou oito traduções de poesia: Sonetos de Shakespeare (Civilização Brasileira, 1970); Poemas, de John Keats (Art, 1985); Poemas de François Villon (Toda Poesia, 1986); Poemas de W.B. Yeats (Art Editora, 1987); Poemas, de Lord Byron (Art, 1989); Ode ao vento e outros poemas, de Shelley (Art, 1992) e as antologias Poesia grega e latina (Cultrix, 1964) e Poetas de Inglaterra (Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, 1971), em parceria com Paulo Vizioli.