Ferreira Gullar
Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (1930-2016), era maranhense. Poeta, dramaturgo, tradutor e crítico de artes plásticas, estreou em 1951 com o livro Um pouco acima do chão. No mesmo ano, mudou-se para o Rio de Janeiro e trabalhou como jornalista de importantes veículos, como as revistas O Cruzeiro, Manchete e o Jornal do Brasil. Participou da fase inicial do movimento concretista entre 1954 e 1956, quando rompeu com o grupo e criou o movimento neoconcreto, que criticava o racionalismo da poesia concreta. Na década de 1960, sua poesia assume uma orientação mais política. Escreve o poema de cordel João Boa Morte, Cabra Marcado pra Morrer, é eleito presidente do Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE e filia-se ao Partido Comunista. Em 1968, com o AI-5, é preso e acaba exilando-se em 1971. Durante o exílio, escreve Dentro da Noite Veloz (1975) e a sua obra mais popular, Poema sujo (1976). Ao retornar ao Brasil em 1977, escreve para teatro e televisão. Publicou várias obras de crítica de arte, como Sobre Arte (1983) e Etapas da Arte Contemporânea: do Cubismo à Arte Neoconcreta (1998). Traduziu O livro das perguntas, de Neruda (Cosacnaify, 2008).