Fernando Mendes Vianna
Fernando Mendes Vianna (1933-2006) era carioca. Estreou na poesia em 1958. Publicou nove livros de poemas entre 1958 e 2004. Entre outras premiações, ganhou por duas vezes o prêmio literário do Instituto Nacional do Livro, em 1972, na categoria “inéditos” e, em 1986, na categoria “obra publicada”. Foi membro da Associação Nacional de Escritores, da Academia Brasiliense de Letras, para onde se mudou em 1961 para trabalhar no Senado Federal. Também foi membro da Academia de Letras do Brasil e presidente do Sindicato dos Escritores do Distrito Federal. Segundo conta o amigo Anderson Braga Horta, em 1968, em plena ditadura, foi dos primeiros signatários de manifesto dos intelectuais do Distrito Federal em “repúdio aos atos de brutalidade praticados contra a mocidade estudantil”, motivado por uma invasão do campus da Universidade de Brasília. Em 1970, liderou movimento de adesão ao protesto iniciado por Alceu Amoroso Lima contra o estabelecimento da censura prévia a livros e periódicos. A ligação com a língua castelhana vem da infância, pois, filho de diplomata que era, passou a sua infância na Argentina e no Chile. Entre 1944 e 1947, viveu na Europa e passava férias com o pai em Madri. Em parceria com Anderson Braga Horta e José Jerônimo Rivera, traduziu Poetas do Século de Ouro Espanhol (Embajada de España, Consejería de Educación e Ciencia /Thesaurus, 2000), Antologia poética Ibero-americana (Asociación de Agregados Culturales Iberoamericanos, 2006), Victor Hugo: dois séculos de poesia (Thesaurus, 2002), O sátiro e outros poemas, também de Victor Hugo (Galo Branco, 2002). Traduziu ainda Poemas do Antigo Egito (Ministério da Educação e Cultura, Serviço de Documentação, 1965), além de Sonetos de amor e de morte, de Quevedo (Consejería de Educación y Ciencia de la Embajada de España en Brasil, 1999).