Dora Ferreira da Silva
Dora Ferreira da Silva (1918-2006) foi poeta, tradutora e ensaísta. Nasceu em Conchas (SP). Ganhou três vezes o Prêmio Jabuti e foi premiada pela Academia Brasileira de Letras (ABL) por sua Poesia Reunida. Nos anos 1950, fundou e dirigiu a Diálogo, revista que difundiu a produção intelectual da época e tornou-se uma referência cultural. No final da década de 1960, lançou a revista Cavalo Azul. Estreou com Andanças em 1970, livro que reuniu poemas escritos a partir de 1948. Publicou nove volumes de poemas, entre eles Retratos da Origem, Poemas da Estrangeira, Cartografia do imaginário e, o último, Hídrias, venceu o prêmio Jabuti em 2005. Sua poesia tem referências míticas e religiosas, assim como os livros que traduziu. Não é um acaso que tenha sido a tradutora de Memórias, sonhos e reflexões, de Carl Jung. Dora também traduziu os poemas que compõem a versão brasileira da obra de Hugo Friedrich, Estrutura da lírica moderna. Constam em nosso levantamento duas traduções poéticas de Rilke: Elegias de Duíno (Globo, 1972) e Vida de Maria (Vozes, 1994). Traduziu ainda A poesia mística de San Juan de la Cruz (Cultrix, 1982) e o poeta barroco alemão Angelus Silesius (T.A. Queiróz, 1986).