Aurélio Buarque de Holanda
Lexicógrafo, professor, tradutor, crítico, poeta e ficcionista, Aurélio Buarque de Holanda (1910-1989) dedicou toda a vida às letras. Aos quinze anos, publicou seu primeiro soneto no jornal da capital alagoana “O Semeador”. Colaborou na imprensa carioca, com contos e artigos. Na década de 1940, evidenciava-se o escritor, nos contos de Dois mundos, livro publicado em 1942 e premiado em 1944 pela Academia Brasileira de Letras, e no ensaio “Linguagem e estilo de Eça de Queirós”, publicado em 1945.
Em 1941 começou Aurélio Buarque a atividade que o iria absorver a vida inteira e que, de certa forma, iria suplantar o Aurélio escritor: o Aurélio dicionarista. Foi quando o convidaram a executar, pela primeira vez, um trabalho lexicográfico, como colaborador do Pequeno dicionário da língua portuguesa. Em janeiro de 1945, tomou parte no I Congresso Brasileiro de Escritores, realizado em São Paulo.
Como tradutor, trouxe para o português volumes da coleção Mar de História, antologia do conto mundial, publicado inicialmente em 1945. Aurélio Buarque de Holanda também traduziu romances de diversos autores, como os “Poemas de Amor” e os “Pequenos poemas em prosa”, de Charles Baudelaire, e “O jardim das rosas”, de Saadi.
Em 1961 foi eleito ocupante da cadeira número 30 da Academia Brasileira de Letras. A preocupação com a língua portuguesa, a paixão pelas palavras levou-o à imensa tarefa de elaborar o próprio dicionário, e esse trabalho lexicográfico ocupou-o durante muitos anos. Finalmente, em 1975, saiu o Novo dicionário da língua portuguesa, conhecido por todos como o Dicionário Aurélio.
Fonte: Academia Brasileira de Letras