Manuel Bandeira
Manuel Bandeira (1896-1968) nasceu no Recife (PE). Foi poeta, cronista, ensaísta, tradutor, antologista e professor. Numa internação entre 1913 e 1914 para tratar de uma tuberculose num sanatório suíço, conheceu o poeta francês Paul Éluard (1895 – 1952), que lhe apresentou a literatura de vanguarda francesa. Retornou ao Brasil e lançou, em 1917, o livro de poemas A Cinza das Horas. Em 1921, aproximou-se de Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Sérgio Buarque de Holanda. Não foi pessoalmente à Semana de Arte Moderna de 1922, mas enviou o poema Os sapos, que foi lido por Ronald de Carvalho, causando escândalo. Em 1940, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. De 1943 a 1956, lecionou literatura hispano-americana na Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio de Janeiro. Publicou ao todo treze livros de poemas, além de crônicas, livros de crítica literária, antologias e diversas traduções de romance, teatro e poesia. Sua época mais produtiva em termos tradutórios foi dos anos 1940 a 1960. Em 1945, publicou Alguns Poemas Traduzidos, livro no qual reúne as suas versões de Goethe, Bashô, Lorca, Dickinson, Verlaine, Baudelaire, Heine, Rilke, Hölderlin, entre outros. Traduziu também, no final dos anos 1940, o O Auto Sacramental do Divino Narciso, de Sóror Juana Inés de la Cruz, e A Prisioneira, de Marcel Proust para a editora Globo (1957). No período computado nesta pesquisa, aparece com traduções do Rubaiyat, de Omar Khayyam (Ediouro, 1965), e de Meireille, poema longo em provençal, de Fréderic Mistral (Delta, 1961).