Uma álgebra selvagem
Autores: Víctor Rodríguez NÚÑEZ
Tradução: Prisca Augustoni , Edimilson de Almeida Pereira
Editora: São Paulo: Jabuticaba
Data de Lançamento: 2023
Nº de Páginas: 180
Língua do Original: espanhol
Literatura do Original: cubana
Período Literário: Contemporâneo
Obs sobre a Obra: mas além do mundo a ser visto, a poesia de Víctor também se detém nos caminhos da imaginação e da invenção. Outros autores, personagens históricos, lugares, cometas, amigos, a mãe, o pai, a avó figuram como ecos em seus poemas. São diversas vozes dentro de uma única, propondo uma poesia dialógica, que produz estranhamento e faz com que o leitor veja o mundo como nunca antes; que desfamiliariza o cotidiano, o óbvio, o possível. Uma escrita baseada no enjambement de conteúdo e forma, onde não só os versos se sobrepõem, mas também as estrofes, os poemas e os próprios livros do autor. Seus poemas – ora breves reflexões, ora séries de imagens, ora longas narrativas – se constroem a partir e através de temas que se cruzam e retornam insistentemente, equívoco a equívoco (“somente o erro nos une/ a poesia é o reino/ dos equivocados”), resultando em um sujeito poético fluido, que desrespeita as fronteiras e privilegia o movimento em detrimento da fixidez. Em alguns casos, é o poema quem parece enunciar ou definir as suas próprias regras e condições: “deve fazer calor neste poema”. E a cada releitura percebemos que, em sua concepção, cada um desses poemas “é o único instante/ em que sabemos que resistirão/ as ruínas do futuro”. Nascido em Havana em 1955, o jornalista, crítico, tradutor, professor e poeta Víctor Rodríguez Núñez nos expõe neste uma álgebra selvagem mais de quatro décadas de seu amadurecimento poético, do aprendizado com as primeiras referências (como Gelman, que oferecia a solução ao problema de como se fazer uma poesia que fosse ao mesmo tempo lírica e coloquial, pessoal e social, experimental e comprometida) até uma crença que ele próprio, após décadas de releituras e experimentos, parece tomar como profissão de fé: “acredito na poesia porque é a única coisa que o capitalismo não pode converter em mercadoria, porque é um instrumento cardeal de resistência contra a desumanização dominante”. (Fonte: site da editora Jabuticaba)
Edição: Bilíngue
Categoria: Autor Único