Poesia Traduzida

Janice Caiafa

Janice Caiafa

Janice Caiafa (1958) é poeta, antropóloga e professora da Escola de Comunicação da UFRJ. É Doutora em Antropologia pela Universidade de Cornell (EUA), com Pós-Doutorado pela City University of New York. Publicou Aventura das cidades: ensaios e etnografias (2007); Jornadas urbanas: exclusão, trabalho e subjetividade nas viagens de ônibus na cidade do Rio de Janeiro (2002); Nosso século XXI: notas sobre arte, técnica e poderes (2000) e Movimento punk na cidade: a invasão dos bandos sub (1985). No âmbito poético, lançou Neve rubra (1996); Noite de Ela no céu (1997), Fôlego (1998); Cinco Ventos (2001) e Ouro  (2005). Traduz do inglês e do francês. Consta no levantamento de poesia traduzida com As rosas, de Rilke (7Letras, 2007).

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Jamil Almansur Haddad

jamil haddad
Foto: Wikipédia

Jamil Almansur Haddad (1914-1988) foi médico, crítico, ensaísta, historiador, teatrólogo, antologista e tradutor bastante ativo. Entre seus livros de poemas, destacam-se Alkamar, a Minha Amante (Record, 1938), Orações Negras (Record, 1939), ambos premiados pela Academia Brasileira de Letras, além de A lua do remorso (Martins, 1951) e Romanceiro cubano (Brasiliense, 1959). Esse último, pertencente às fileiras da poesia participante. Além de As flores do mal (Difel, 1958), de Baudelaire, traduziu também As Líricas, de Safo (Edições Cultura, 1942),  Cântico dos cânticos (Saraiva, 1950),  Rubaiyat, de Omar Khayyam (Civilização Brasileira, 1956, 2ª edição),  Cancioneiro, de Petrarca,  Decamerão, de Boccaccio, e  Odes, de Anacreonte (José Olympio, 1952). Entre 1960 e 2009, publicou Odes e baladas,  de Victor Hugo (Editora das Artes, 1960), Obras completas, também de Victor Hugo. Poemas – Verlaine (Difel, 1962), A arte de amar, de Ovídio (Biblioteca, 1964) e Poesias escolhidas, do italiano Giosue Carducci (Delta, 1962). Continue lendo “Jamil Almansur Haddad”

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Ivo Barroso

Ivo Barroso (1929) é poeta e tradutor mineiro. Estudou línguas e literaturas neolatinas na antiga Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro. Na década de 1960, integrou o movimento concretista e trabalhou na redação da revista Senhor. Convidado por Paulo Rónai, foi um tradutores encarregados da lendária Coleção dos Prêmios Nobel de Literatura. Em 1968, foi viver na Holanda. Em 1970, ajudou Antonio Houaiss na confecção da Grande Enciclopédia Delta-Larousse. Trabalhou também com Carlos Lacerda na Enciclopédia Século XX. Foi redator-chefe da revista Seleções do Reader’s Digest em Portugal. Morou na Inglaterra, na Suécia e em Paris. Traduziu cerca de 40 livros de diversas línguas. É conhecido por sua tradução da obra completa de Rimbaud. Ganhou o Prêmio Jabuti de 1992 pela tradução de O livro dos gatos, de T. S. Eliot; o Prêmio Paulo Rónai da Biblioteca Nacional pela Novela do bom Velho e da Bela Mocinha, de Italo Svevo (1997) e o prêmio da ABL (Academia Brasileira de Letras) de tradução por seu trabalho no Teatro completo, de T. S. Eliot. Seus poemas estão em Nau dos náufragos (Lisboa: Minerva, 1981); As quatro visitações de Alcipe (Lisboa: Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, 1991) e A caça virtual e outros poemas (Record, 2001). Constam no levantamento de tradução poética entre 1960 e 2009 as seguintes traduções assinadas por Barroso: Obra completa de T.S. Eliot, em conjunto com Ivan Junqueira (Siciliano, 2004); Poemas reunidos 1934-63, de Dylan Thomas (José Olympio, 2003); Poesias, de Erik Axel Karlfeldt (Delta, 1964); O livro dos gatos, de Eliot (Nórdica, 1991); 24 sonetos, de Shakesperae (Nova Fronteira, 1978); Shakespeare, 30 sonetos (Nova Fronteira, 1991); 42 sonetos, de Shakespeare (Nova Fronteira, 2005); Uma estadia no inferno (Topbooks, 1994) e Prosa poética (Topbooks, 1998), ambos de Arthur Rimbaud, Diário póstumo, de Egenio Montale (Record, 2000) e O casamento do céu e do inferno (Hedra, 2008), de William Blake. Tem traduções suas no volume Poesia e prosa, de Leopardi (Nova Aguilar, 1996); e traduziu Hipóteses de amor, de Annalisa Cima em parceria com Alexandre Eulálio (Ateliê, 2002). Suas traduções de poemas de Blake, Rilke, Shakespeare, Yeats, Eliot, Lorca e Baudelaire foram reunidos na antologia O torso e o gato (Record, 1991). Continue lendo “Ivo Barroso”

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Ivan Junqueira

Ivan Junqueira (1934) nasceu no Rio de Janeiro. É jornalista, poeta, tradutor e crítico literário. É membro da Academia Brasileira de Letras. Trabalhou no Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo. Foi supervisor editorial da Editora Expressão e Cultura e diretor do Núcleo Editorial da UERJ, além de colaborador das enciclopédias Barsa, Britânnica, Delta Larousse e outras.  Foi editor adjunto e depois editor executivo da revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional. Como poeta, recebeu vários prêmios literários e já teve seus livros traduzidos para oito idiomas (o alemão, o chinês, o dinamarquês, o espanhol, o francês, o inglês, o italiano e o russo). Estreou com Os Mortos (Atelier de Arte, 1964), livro com qual ganhou menção honrosa no Concurso Jorge de Lima, em 1965. Com A Rainha Arcaica (Nova Fronteira, 1980), venceu o Prêmio Nacional de Poesia, do Instituto Nacional do Livro de 1981. A Sagração dos Ossos (Civilização Brasileira, 1994) venceu o Prêmio Jabuti, de 1995 e o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do PEN Club do Brasil. Com O Outro Lado, de 2007, venceu mais um Prêmio Jabuti (2008). Como tradutor, verteu As Flores do Mal (Nova Fronteira, 1985), de Baudelaire, e a poesia completa de T.S. Eliot (Nova Fronteira, 1981; Civilização Brasileira, 1997; Siciliano, 2004). Continue lendo “Ivan Junqueira”

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Idelma Ribeiro de Faria

Idelma Ribeiro de Faria (1914-2002) nasceu em Rio Claro (SP). Formou-se em Farmácia na USP. Foi também poeta, jornalista, contista e professora. Publicou Alma nua (1949); Meridiano do Silêncio (1955); Acalanto para a menina morta (1964); Sonetos (1970); Presença do Enigma (1972); Quarteto (1988); Haicais (1995); Uma abelha ao sol (1995) e Emoção e memória (Obra reunida, 1999). Participou das antologias: Coletânea de poetas paulistas (1951); Vozes da poesia feminina brasileira (1959); Antologia poética da geração de 45 (1966). Publicou ainda contos e livros infantis. Traduzia do inglês e do francês. Consta do levantamento de tradução poética com Poemas, de Emily Dickinson (Hucitec, 1988); Poemas 1910-1930 (Hucitec, 1980) e Corais de “O Rochedo” (Massao Ohno, 1996), ambos de T. S. Eliot, e com uma antologia de Emily Dickinson, T.S. Eliot e do poeta haitiano René Dupestre (Hucitec, 1992). Continue lendo “Idelma Ribeiro de Faria”

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Horácio Costa

Horácio Costa (1954) é nascido em São Paulo (SP). É arquiteto de formação, mas se enveredou pelo mundo das letras: fez mestrado na New York University e doutorado em Yale. Foi professor de literatura brasileira no México e leciona Literatura Portuguesa na USP. É um poeta identificado com a poética neobarroca. Publicou 28 Poemas/ 6 contos (1981), Satori (1989), O Livro dos Fracta (1990), The Very Short Stories (1991), O Menino e o Travesseiro (1998), Quadragésimo (1999), entre outros. Organizou dois eventos internacionais de poesia: “A palavra poética na América Latina, avaliação de uma geração” (São Paulo, Memorial da América Latina, 90; publicada em livro) e “O veículo da poesia” (São Paulo, Biblioteca Mário de Andrade, 98). Outros livros: José Saramago: o período formativo e Mar abierto: ensayos sobre literatura brasileña, portuguesa e hispanoamericana, publicado no México. Tem poemas ou livros traduzidos para o espanhol, inglês, francês, romeno, macedônio e búlgaro. Atualmente é presidente da ABEH — Associação Brasileira de Estudos da Homocultura. Consta do levantamento de tradução poética 1960-2009 com A pedra do sol, de Octavio Paz (Annablume, 2009), Morte sem fim e outros poemas, de José Gorostiza (Editora da USP e Fondo de Cultura Económica, 2003), e Poemas, de Elizabeth Bishop (Companhia das Letras, 1990). Continue lendo “Horácio Costa”

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Henriqueta Lisboa

Henriqueta Lisboa

Henriqueta Lisboa (1901-1985) era mineira, foi  professora, tradutora e ensaísta. Publicou 18 livros de poemas entre 1929 e 1985. Estreou com Fogo fátuo (1925) e publicou muitos outros livros, entre eles, Velário (1936); Prisioneira da noite (1941); A face lívida (1945), dedicado à memória de Mário de Andrade; Flor da morte (1949); Madrinha Lua (1952); Azul profundo (1955); Nova Lírica (1971); Pousada do ser (1982) e Poesia Geral (1985), coletânea de poemas escolhidos pela própria Henriqueta. Para Nejar, suas obras-primas são Além da imagem e A pousada do ser (NEJAR, 2011, p. 373). Henriqueta figura em nosso levantamento bibliográfico com a tradução da poeta chilena Gabriela Mistral (Delta, 1964) e Cantos de Dante (Instituto Cultural Ítalo-brasileiro, 1969), de Dante Alighieri.

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Haroldo de Campos

Haroldo de Campos

Haroldo de Campos (1929-2003) foi poeta, professor, tradutor, crítico e ensaísta. Estreou com o O Auto do Possesso, em 1950. Com o irmão Augusto e Décio Pignatari, formou o grupo Noigandres e lançou revista com o mesmo nome em 1952. Em 1958, publicou, em Noigandres 4 o “Plano-Piloto para Poesia Concreta”. A partir da década de 1960, começou a lançar traduções de autores de vanguarda para dar suporte ao projeto da Poesia Concreta, como o norte-americano Ezra Pound, os poetas futuristas russos, entre outros (a lista completa das suas traduções está no Apêndice). Ao todo, publicou 19 volumes de tradução poética, entre eles A Ilíada, de Homero. Galáxias, um de seus livros de poemas mais conhecidos, é de 1984.  Crisantempo (1998) e A Máquina do Mundo Repensada (2001) também foram trabalhos importantes. Defendeu tese de doutorado intitulada Morfologia do Macunaíma, em 1972, na Universidade de São Paulo. No ano seguinte, assumiu a cadeira de semiótica da literatura no programa de pós-graduação em comunicação e semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde permaneceu como professor até 1989. Também lecionou na Universidade do Texas, em Austin (EUA). É um dos intelectuais brasileiros cujo nome é dos mais difundidos no Exterior, principalmente por sua teoria e prática da tradução. As universidades de Yale e de Oxford organizaram conferências sobre sua obra em comemoração aos seus setenta anos. Traduziu Dante: seis cantos do Paraíso (Gastão de Holanda Editor, 1976); Transblanco: em torno a Blanco de Octavio Paz (Guanabara, 1985); Qohélet– O-que-sabe [Eclesiastes] (Perspectiva, 1990); BERE´SHITH: a cena de origem (Perspectiva, 1993); Mênis: a ira de Aquiles (Nova Alexandria, 1994); Escrito sobre Jade – Poesia Clássica Chinesa  (Tipografia do Fundo de Ouro Preto, 1996, 2ª edição ampliada, Ateliê, 2009); Pedra e luz na poesia de Dante (Imago, 1998), Os nomes e os navios (7Letras, 1999); Odisseia de Homero – fragmentos (Olavobrás, 2006); Ilíada, vol. 1 (Mandarim, 2001); Ilíada, vol. 2 (Arx, 2002); Éden: um tríptico bíblico (Perspectiva, 2004). Em colaboração, traduziu Cantares, de Ezra Pound (Serviço de Documentação, MEC, 1960); Poemas, de Maiakovski (Tempo Brasileiro, 1967); Antologia poética de Ezra Pound (Serviço de Documentação, MEC, 1968); Traduzir e trovar (Papyrus, 1968); Poesia russa moderna (Civilização Brasileira, 1968); Mallarmargem (Noa Noa, 1971);  Daquela estrela à outra, de  Giuseppe Ungaretti (Ateliê, 2004).

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Guilherme Gontijo Flores

Guilherme Gontijo Flores

Guilherme Gontijo Flores (1984) nasceu em Brasília. É poeta e mestre em Estudos Literários, na área de Estudos Clássicos, pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007) e professor de Língua e Literatura Latina pela Universidade Federal do Paraná desde 2008. Participou da antologia Jovens escritores capixabas – 2002 e da coletânea Instantâneo: poesia e prosa: fermento literário (2005). Traduziu As janelas, seguidas de poemas em prosa franceses, de Rilke, em parceria com Bruno Silva D’Abruzzo (Crisálida, 2009).

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Guilherme de Almeida

Guilherme de Almeida

Guilherme de Almeida (1890-1969) foi agraciado com o título honorífico de “O príncipe dos poetas” e também foi o primeiro modernista a ser admitido na Academia Brasileira de Letras. Almeida foi um dos editores da revista Klaxon (porta-voz do movimento modernista) e apresentou a conferência “Revelação do Brasil pela poesia moderna” em vários Estados para divulgar os ideais estéticos do movimento. Sua estreia na poesia ocorreu em 1916, com Mon Coeur Balance e Leur Ame, peças teatrais escritas em colaboração com Oswald de Andrade. Ele escreveu cerca de dez livros de poemas entre 1925 e 1961. Além disso, foi responsável por introduzir o haicai no Brasil nas décadas de 1930 e 1940, adaptando-o. Traduziu poesia e drama principalmente entre as décadas de 1930 e 1940. Sua tradução poética mais celebrada é a de Flores da Flores do Mal, de Baudelaire (José Olympio, 1944). No âmbito poético, traduziu ainda Paralelamente a Paul Verlaine (1944), Eu e você, de Paul Géraldy (Cia. Editora Nacional, 1932); duas obras do poeta indiano Tagore, a antologia Poetas de França (1936), entre outros. Na bibliografia de tradução poética entre 1960 e 2009, Guilherme de Almeida aparece com Festival e Os Frutos do Tempo (Les Fruits du Temps) – ambas obras de Simon Tygel, poeta belga nascido em 1922 e radicado no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial; e com Arcanum (Martins, 1965), de Niles Bond, diplomata e poeta norte-americano que ocupou o cargo de  cônsul no Brasil de 1964 a 1969.

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