Poesia Traduzida

José Lira

José Lira

José Lira (1946) é um poeta-tradutor com raízes na poesia oral nordestina. Funcionário público aposentado (Banco do Brasil), sua obra poética foi publicada em folhetos no formato de cordel. Publicou A vida e as ideias geniais e dicotômicas do pai da ciência da linguística Ferdinand de Saussure (Ed. Autor, 1995/Coqueiro, 2009); O teatro maravilhoso de Gil Vicente (Ed. Autor, 1996/Coqueiro, 2009); Auto da aprovação (Coqueiro, 2008); Recital da vida e obra do poeta Castro Alves (Coqueiro, 2010); Episódio milagroso do Padre Cícero Romão (Ed. Autor, 1995). Hoje, dedica-se a compor um livro de haicais. Lira ingressou já maduro na graduação em Letras na UFPE, quando conheceu a obra de Emily Dickinson, tornando-se seu dedicado tradutor. Consta do levantamento com duas traduções de Dickinson: Alguns poemas (Iluminuras, 2006), finalista do Prêmio Jabuti de 2007; 20 poemas de amor e uma canção de Emily Dickinson (Editora José Lira, 2009); além de Nuvens de Iowa, de Jack Kerouac (José Lira, 2009) e O corvo, de Edgar Allan Poe (José Lira, 2009).

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José Lino Grünewald

Fonte: https://joselinogrunewald.com.br/
Fonte: https://joselinogrunewald.com.br/

José Lino Grünewald (1931-2000) era carioca. Formou-se em Direito e trabalhou como procurador da Superintendência Nacional da Marinha Mercante. Integrou o movimento da poesia concreta, sendo que em 1956 começou a colaborar na a página Poesia-Experiência, do Jornal do Brasil, com poemas e artigos sobre cinema e literatura. A partir de 1960, junto com os poetas da Noigandres, ocupou a página semanal Invenção, do jornal Correio Paulistano, com poemas concretos e traduções de poetas estrangeiros que o influenciaram, como Pound. Em 1962, tornou-se editor de política do jornal Correio da Manhã. Nesse ano, o grupo dos poetas concretos lançou a revista Invenção, desdobramento da página publicada no Correio Paulistano nos anos anteriores. Além de poesia, os interesses de Grünewald eram o cinema, a arte e a música popular. Na crítica, sofreu influência de Walter Benjamin e Maurice Merleau-Ponty. Seus poemas estão em Escreviver (1987). Organizou várias antologias de poesia em língua portuguesa. Traduziu e organizou as antologias Poetas franceses do século XIX (Nova Fronteira, 1991); Grandes Poetas da Língua Inglesa do Século XIX (Nova Fronteira, 1988); publicou Poemas, de Mallarmé (Nova Fronteira, 1984), e recebeu por sua tradução de Os Cantos, de Ezra Pound (Nova Fronteira, 1986), o Prêmio Jabuti de tradução de 1987. Juntamente com os irmãos Campos, Pignatari e Faustino, assina a supracitada tradução de Antologia poética de Ezra Pound (Serviço de Documentação, MEC, 1968). Continue lendo “José Lino Grünewald”

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José Jeronymo Rivera

José Jeronymo Rivera (1933) é carioca. Sua obra poética própria resume-se ao livro Aprendizado de poesia, lançado nos anos 1950, além de participação em três antologias de poesia brasileira. Recebeu os prêmios Joaquim Norberto de Tradução – 2001, da União Brasileira de Escritores do Rio de janeiro (UBE-RJ), por Poetas do Século de Ouro Espanhol, e o prêmio Cecília Meireles de Tradução – 2002, também da UBE-RJ, por Rimas, de Gustavo Adolfo Bécquer (Embajada de España, Consejería de Educación e Ciencia/Thesaurus, 2001). Traduziu ainda Gaspard de La Nuit: fantasias à maneira de Rembrandt e de Callot, de Aloysius Bertrand (FAC/Thesaurus, 2003), Cidades tentaculares, de Émile Verhaeren (Thesaurus, 1999), e com José A. Seabra e Anderson Braga Horta, Antologia Pessoal, de Rodolfo Alonso (Thesaurus, 2003). Traduziu ainda a antologia Poesia Francesa: Pequena Antologia Bilíngue (Thesaurus, 1998). Continue lendo “José Jeronymo Rivera”

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José Guilherme de Araújo Jorge

José Guilherme de Araújo Jorge (1914-1987) nasceu e passou a infância no Acre. Na Faculdade de Direito, foi o fundador e o 1º Presidente da Academia de Letras, que teve como patrono Afrânio Peixoto, então professor de Medicina Legal. Foi locutor e redator de programas radiofônicos, atuando nas Rádios Nacional, Cruzeiro do Sul, Tupi e Eldorado. Em 1965, começou a trabalhar como professor de História e Literatura, do Colégio  Pedro II, no Rio de Janeiro. Elegeu-se Deputado Federal em 1970 pelo Estado da Guanabara, legislando por três mandatos.  Lutou, ainda estudante, contra o Estado Novo, sendo preso e perseguido várias vezes durante esse período. Estreou com Meu céu interior (1934) e publicou outros 36 livros, a maioria de poemas. Suas traduções poéticas estão na antologia Os mais belos sonetos que o amor inspirou, vol.3 (Vecchi, 1966), que reúne poesia universal, europeia e americana, sendo 26 poetas franceses, sete ingleses e sete italianos, 58 poetas hispano-americanos e dois norte-americanos. Continue lendo “José Guilherme de Araújo Jorge”

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José Eduardo Degrazia

José Eduardo Degrazia
Foto: arquivo pessoal do escritor

José Eduardo Degrazia (1951) é de Porto Alegre (RS). É médico, poeta e tradutor. Publicou dezenas de artigos e crônicas em jornais e revistas do Brasil e do Exterior. Tem publicados os livros de poemas Lavra permanente, Cidade submersa, A porta do sol, Piano arcano, e A urna Guarani. Escreveu os livros de contos O atleta recordista, A orelha do bugre, A terra sem males e Os leões selvagens de Tanganica, e a novela O reino de macambira. Consta do levantamento de tradução poética com cinco traduções de Pablo Neruda, todas publicadas pela L&PM: Cantos cerimoniais (1978); Crepusculário (2004); Terceira residência (2004); Jardim de Inverno (2005) e Memorial de Isla Negra (2007).

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José Augusto Seabra

José Augusto Seabra (1937-2004) foi um poeta, ensaísta, diplomata, político e professor português. Combateu o salazarismo e exilou-se na França, onde fez doutorado na Universidade de Paris III sob a orientação de Roland Barthes. Publicou treze livros de poemas, entre eles  A vida toda (1961) e Tangos mentais (2002). Seu nome consta no levantamento de tradução poética pela tradução de Antologia pessoal, de Rodolfo Alonso (Thesaurus, 2003) em parceria com os brasileiros José Jerônimo Rivera e Anderson Braga Horta. Continue lendo “José Augusto Seabra”

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Jorge Wanderley

Jorge Wanderley

Jorge Wanderley (1938-1999) era pernambucano. Foi médico, professor de literatura brasileira e teoria da literatura, poeta e tradutor. Sua obra poética é composta de quatro livros lançados entre 1960 e 1999 e postumamente reunidos no volume Antologia poética (Ateliê, 2002). Publicou também um livro de ensaios (Edusp, 1994). Organizou antologias de poetas de língua inglesa: Antologia da nova poesia norte-americana (Civilização Brasileira, 1992), e 22 ingleses modernos: uma antologia poética (Civilização Brasileira, 1993). Suas traduções de poetas mulheres foram reagrupadas posteriormente no volume Do jeito delas, vozes femininas de língua inglesa (7Letras, 2008), com poemas de Sylvia Plath, Emily Dickinson, Marianne Moore, Anne Sexton, Hilda Doolittle, Louise Bogan, Elizabeth Bishop, Denise Levertov, Edna St. Vincent Millay, Edith Sitwell, Patricia Hooper e Elinor Wylie. Além das antologias, Wanderley publicou outros sete volumes com traduções de poesia, incluindo Vida Nova (Taurus/Timbre, 1987), Lírica (Topbooks, 1996) e  Inferno (Record, 2004), de Dante Alighieri, que lhe rendeu o prêmio Jabuti de tradução naquele ano. Traduziu ainda Sonetos (Civilização Brasileira, 1991) de Shakespeare, Os 25 melhores poemas de Charles Bukowski (Bertrand Brasil, 2003), Poemas (Topbooks, 1995), de Lawrence Durrel, e Cemitério marinho, de Paul Valéry (Fontana, 1974). Traduziu também dois poemas de Richard Wilbur para a antologia Nova poesia norte-americana: Quingumbo, organizada por Kerry Shawn Keys.

Mais detalhes sobre a sua trajetória podem ser encontrados no Jornal Panorama.

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João Moura Jr.

João Moura Jr. (1950) é poeta e tradutor. Nasceu no Rio de Janeiro e vive em São Paulo desde a década de 1980. Fez crítica de cinema na revista IstoÉ e foi editor dos suplementos culturais Folhetim (Folha de S. Paulo) e Cultura (O Estado de S. Paulo).  Estreou com o livro Páginas Amarelas (1988), publicado na coleção Claro Enigma, pelo qual recebeu o Prêmio Jabuti de revelação. Traduziu O Baphomet (1986), de Pierre Klossowski. Consta do levantamento de poesia traduzida no Brasil com Poemas de W.H. Auden (Companhia das Letras, 1986), traduzido em parceria com José Paulo Paes. Continue lendo “João Moura Jr.”

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João José de Melo Franco

João José de Melo Franco (1956), paulista de Barretos, é poeta, tradutor, cineasta e editor da Ibis Libris. Tem formação em cinema, filosofia e letras (grego e latim) e pós-graduação em filosofia da linguagem e semiótica. Entre as suas publicações poéticas estão O mar de Ulisses (Ibis Libris, 2006) e Diários de amor perdido (Ibis Libris, 2008). Traduziu Carmina Burana, poemas medievais dos séculos XI, XII e XIII (Ibis Libris, 2008) e Pranto para Ignacio Sanchez Mejias, de García Lorca (Ibis Libris, 2009). Carmina Burana foi escrito em alemão arcaico e traduzido a partir da versão latina e francesa. Continue lendo “João José de Melo Franco”

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João Cabral de Melo Neto

João Cabral de Melo Neto

João Cabral de Melo Neto (1920-1999) é considerado um dos maiores poetas brasileiros. Reconhecia-se como membro da Geração de 45 somente em termos cronológicos, uma vez que a sua original dicção poética em nada comungava com os preceitos estéticos neo-parnasianos presentes em vários poetas dessa época. O poeta de Morte e vida severina fez poucas incursões pela tradução poética. Segundo estudo de Carvalho (2009), Cabral traduziu “Quinze poetas catalães” para a Revista Brasileira de Poesia (1949), dirigida pelos poetas Péricles Eugênio da Silva Ramos e Domingos Carvalho da Silva. Verteu também poemas de três poetas norte-americanos para a antologia Videntes e sonâmbulos (1955), organizada por Oswaldino Marques. Ainda segundo Carvalho, por volta de 1948, Cabral “vinha se dedicando à tradução, principalmente das tankas, forma clássica da poesia japonesa cultivada na obra Del joc i del foc [Do jogo e do fogo] (1946) de Carles Riba (1893-1959)”. Três dessas traduções foram divulgadas no número 16 de Ariel – Revista de Les Arts de abril de 1948, podendo ser consideradas as primeiras traduções ao catalão divulgadas por Cabral (IBIDEM, p. 138). O interesse de Cabral pela poesia catalã teria sido despertado por Manuel Bandeira, que o questionou sobre os poetas daquela terra em carta enviada em 1947, logo depois de o poeta ter assumido como cônsul-geral do Brasil em Barcelona (IBIDEM).  Cabral aparece em nosso levantamento bibliográfico com cinco poemas de Robert Bringhust publicados no volume Quingumbo: antologia da nova poesia norte-americana (Escrita, 1980), compilada por Kerry Shawn Keys.

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