Poesia Traduzida

Olga Savary

Olga Savary

Olga Savary (1933) é paraense. Geralmente é lembrada por ter sido a primeira poeta brasileira a publicar um livro de poemas eróticos. Além de poeta e tradutora premiada, é contista, novelista, ensaísta e jornalista.  A partir de 1971, publicou 12 livros de poemas, além de livros de contos e de jornalismo literário. Exercitou a forma do haicai e recebeu inúmeros prêmios literários por sua poesia — entre eles, o Jabuti de autor revelação em 1971, o Prêmio de Poesia concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte pelo livro Sumidouro (1977) e o Prêmio Artur de Sales de Poesia, concedido pela Academia de Letras da Bahia pelo livro Berço Esplêndido (1987). Traduziu quatorze obras poéticas entre 1960 e 2009, a maioria do espanhol, além de ensaios, novelas e dramas. Faz parte do Instituto Brasileiro de Cultura Hispânica, sendo que é uma das principais tradutoras de Pablo Neruda no Brasil. Traduziu sete obras poéticas do poeta chileno nesse período. Em 1996, recebeu da União Brasileira de Escritores o Prêmio de Tradução por Vislumbres da Índia, de Octavio Paz. Sua tradução de Conversa na Catedral, de Vargas Llosa, foi premiada pela Academia Brasileira de Letras com o Prêmio Odorico Mendes de Tradução. Recebeu também o Prêmio Jabuti de Tradução da Câmara Brasileira do Livro por Como água para chocolate, de Laura Esquivel. Olga Savary é membro Titular da Comissão da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa e foi presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Rio de Janeiro. No levantamento de tradução poética 1960-2009, aparecem quatorze traduções suas, fato que a situa entre os poetas-tradutores mais produtivos do período estudado. De Pablo Neruda, traduziu: Ainda (José Olympio. 1971); Livro das perguntas (L&PM, 1980); Incitação ao nixonicídio e louvor da revolução chilena (Francisco Alves, 1980); A rosa separada (L&PM, 1981); Elegia (L&PM, 1981); O coração amarelo (L&PM, 1982); Barcarola (L&PM, 1983). Traduziu ainda a antologia Haicais de Bashô (Hucitec, 1989) e Sendas de Oku, de Bashô (Roswitha Kempf, 1983); a antologia O livro dos haicais (com haicais de Bashô, Issa e Shiki), Poemas do Rio, de Nahuel Santana (Estrada, 1977), Mosaicos, de Edison Simons (Rio Arte Record 1986), 23 poemas de Octavio Paz (Roswitha Kempf, 1983) e a antologia Poetas Holandeses (Rotterdam: Poetry International).

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Nelson Ascher

ASCHER perfilNelson Ascher (1958) é poeta, tradutor e jornalista. Nasceu em São Paulo em uma família de emigrantes judeus. Formado em administração pela Fundação Getúlio Vargas, fez pós-graduação em semiótica na PUC-SP. Colaborou com o jornal Folha de São Paulo desde meados da década de 1980 até 2008, escrevendo sobre literatura, cinema e política. Em 1988 criou a Revista USP e permaneceu como seu editor até 1994. Sua obra poética está em Ponta da língua (1983), Sonho da Razão (1993), Algo de Sol (1996) e Parte Alguma (2005). Com Boris Schnaiderman, traduziu dois poetas russos: Quase uma elegia, de Brodsky (7Letras, 1995) e A Dama de Espadas – prosa e poemas, de Puchkin (Editora 34, 1999). Traduziu a antologia de poesia húngara moderna Canção antes da ceifa (Arte Pau-Brasil, 1990). Na antologia Poesia alheia (Imago, 1998), oferece um extenso e variado panorama da poesia ocidental, com 124 poemas de sessenta poetas. Ascher reúne nessa antologia expoentes de todas as épocas, como Catulo, Horácio, Marcial, Quevedo, Lutero, Goethe, Eliot, Yeats, Valéry, Apollinaire, Ungaretti, Auden, até os contemporâneos John Ashbery e Hans Magnus Enzensberger. Já a antologia O lado obscuro (Memorial da América Latina, 1996) traz as traduções de Ascher de poesia hispano-americana contemporânea. Organizou a antologia Folhetim, poemas traduzidos (Folha de São Paulo, 1987), na qual estão traduções suas de poemas de Jorge Luis Borges, Eliot, Goethe, Yeats, entre muitos outros. Continue lendo “Nelson Ascher”

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Michel Sleiman

Michel Sleiman (1963) nasceu em Santa Rosa (RS).  É tradutor de poesia árabe medieval, poeta, diretor editorial da revista de estudos árabes Tiraz e professor de Literatura Portuguesa e do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Árabe na Faculdade de Letras da USP.  Seus poemas estão em Ínula Niúla (Ateliê Editorial, 2009). Publicou dois livros que combinam crítica e tradução da poesia árabe-andaluzina: A Poesia Árabe-Andaluza, com traduções de poemas do cordovês Ibn-Quzman Alqurtubi (Coleção Signos, da Perspectiva, 2000) e A arte do zajal (Coleção Estudos Árabes, da Ateliê, 2007). Continue lendo “Michel Sleiman”

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Mauro Gama

Mauro Gama (1938) é poeta e crítico literário. Nasceu no Rio de Janeiro. Estudou letras clássicas e ciências sociais na UERJ. Foi redator de enciclopédias como a Barsa e a Mirador internacional, quando atuou como assessor editorial de Otto Maria Carpeaux e Antônio Houaiss. Trabalhou também na primeira fase do Dicionário Houaiss.  Estreou na poesia com  Corpo verbal (1964). Publicou ainda Anticorpo (1969) e Expresso na noite (1982), poemas; José Maurício, o padre-compositor (1983), ensaio; Zoozona e Marcas na Noite (2008). Colaborou com a revista Práxis, de Mário Chamie, embora o seu projeto poético não estivesse vinculado ao da poesia-práxis. Suas principais ocupações são a lexicografia e a tradução. Traduziu, acompanhado de estudo crítico, Michelangelo – cinquenta poemas (Ateliê, 2007), pelo qual ganhou o Prêmio Paulo Rónai da Fundação Biblioteca Nacional. Continue lendo “Mauro Gama”

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Maurício Arruda Mendonça

Maurício Arruda Mendonça

Maurício Arruda Mendonça (1964), nascido no Paraná, é poeta, escritor e dramaturgo. Entre as suas obras poéticas estão Epigrafias (2002); A sombra de um sorriso (2002); Eu caminhava assim tão distraído (1997). Escreveu uma dezena de peças teatrais. Foi professor de Teoria e História do Teatro e Coordenador da Escola Municipal de Teatro de Londrina (PR). Traduziu a antologia Trilha Forrada de Folhas, compilação e estudo da obra do poeta japonês Nenpuku Sato, o introdutor do haikai no Brasil (Ciência do Acidente, 1990). Com Rodrigo Garcia Lopes, traduziu Poemas, de Sylvia Plath (Iluminuras, 1991) e Iluminuras: gravuras coloridas (Iluminuras, 1993), de Arthur Rimbaud. Para o teatro, traduziu Molière, Tennessee Williams, Samuel Beckett, Sam Shepard e Tracy Letts.

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Mário Faustino

Mário Faustino (1930-1962) nasceu em Teresina (PI). Faustino, diz Alfredo Bosi, foi um poeta que “antecipou e promoveu a experiência concreta” (BOSI, 2006, p. 474).  Em sua curta vida, finda aos 32 anos num desastre de avião, o poeta atuou como jornalista, crítico literário, professor e tradutor.  Depois de abandonar o curso de Direito, recebeu uma bolsa do Institute of International Education para estudar teoria literária e literatura norte-americana no Pomona College, Claremont, Estados Unidos, onde viveu de 1951 a 1953. Em 1955, publicou seu primeiro e único volume de poemas, O Homem e sua Hora. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1956, quando trabalhou como editorialista do Jornal do Brasil (JB).  Os principais debates sobre o concretismo tiveram lugar na página Poesia-Experiência, criada por ele em 1956 no suplemento dominical do JB. Nela, Faustino publicou traduções de poemas de Horácio, Brecht, Dante, Villon, Shakespeare, Goethe, Rilke, Pound, Eliot, Cummings, Artaud, entre outros. Faustino aparece no levantamento de tradução poética entre 1960-2009 com Antologia poética de Ezra Pound (Serviço de Documentação, MEC, 1968), feita em parceria com os irmãos Campos, José Lino Grünewald e Décio Pignatari. Continue lendo “Mário Faustino”

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Mário Domingues

Mário Domingues (1973) é poeta, mestre em Letras Clássicas pela USP, com dissertação sobre a tradução do Canto VI do De rerum Natura [A natureza das coisas], do poeta latino Lucrécio (séc. I a. C).   É autor dos livros de poemas Paisagem Transitória (Ed. Ciência do Acidente, 2001)  e Musga (Ed. Mirabilia, 2010). Musga também traz traduções de fragmentos de A natureza das coisas, de Lucrécio, e três odes de Catulo. Traduziu do latim 29 aforismos astrológicos do Centiloquium, de Ptolomeu. Publica nas revistas Zunái, Coyote e Oroboro. No âmbito poético, traduziu O Tigre de Veludo – alguns poemas  de e e.e. cummings (Ed. da UNB, 2007). Continue lendo “Mário Domingues”

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Mariajosé Carvalho

Mariajosé Carvalho

Mariajosé Carvalho (1919-1995) foi poeta, cantora, tradutora, atriz e diretora de teatro. Lecionou arte dramática e criou um método especial do ensino da dicção e técnica vocal utilizado durante dez anos na Escola de Arte Dramática da USP. Foi uma artista influente na cultura paulistana entre os anos 1940 e 1970. Nos anos 1950, participou do Grupo Universitário de Teatro, de Décio de Almeida Prado, do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), bem como do movimento da poesia concreta.  Conviveu com poetas e escritores da Geração de 45. Foi amiga de Dora Ferreira da Silva e frequentou o “grupo São Paulo”, academia livre de estudos paralela à USP, criada pelo marido de Dora, o filósofo Vicente Ferreira da Silva, e frequentada por intelectuais como Ernesto Grassi, os críticos de cinema Almeida Salles e Paulo Emílio Salles Gomes, o arquiteto Le Corbusier, Oswald de Andrade e Guimarães Rosa. Em meados dos anos 1960, fundou a editora Papyrus, que publicou clássicos da poesia traduzidos pelos irmãos Campos, como Traduzir e Trovar, e os livros de poemas concretos da própria Mariajosé, como Neomeni, de 1968. Publicou ainda os livros Poemas da noite amarga (1950); Aurum et Niger (1966); Lanarium (1970); Mar do sul (1984); Romance de Lampião (1986); Os celebrantes (1988). Foi tradutora de literatura e poesia, estudiosa de fonética, filologia e linguística.  Traduziu Salambô, de Flaubert, entre outros. Parte da sua produção tradutória permanece inédita. No terreno poético, traduziu e publicou, do belga Pierre Louys, As canções de Bilitís (Max Limonad, 1984) e Cantos, de Leopardi (Max Limonad, 1986).

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Marcos Siscar

Marcos Siscar

Marcos Siscar (1964) nasceu em Borborema, cidade do interior de São Paulo. É professor do departamento de Teoria Literária da Unicamp, com doutorado em literatura francesa pela Universidade Paris VIII. Tem cinco livros de poemas publicados: Não se Diz (7 Letras, 1999), Tome seu café e saia (7Letras, 2001), Metade da Arte (CosacNaify/7Letras, 2003), O Roubo do Silêncio (7Letras, 2006) e Interior via Satélite (Ateliê, 2010). Tem poemas publicados em antologias no Brasil, Argentina, Espanha e França.  Traduz do francês. Sua reflexão acadêmica é vinculada à poesia brasileira contemporânea. Fez parte do comitê editorial da revista Inimigo Rumor. Traduziu Os amores amarelos, de Tristan Corbière; A rosa das línguas, de Michel Deguy (CosacNaify, 2004) e Os animais de todo o mundo (CosacNaify, 2006), esses últimos dois em parceria com Paula Glenadel, que também é poeta e professora de literatura francesa na Universidade Federal Fluminense (UFF). Publicou ainda o livro de ensaior Poesia e crise (Unicamp, 2010).

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Marco Lucchesi

Marco Lucchesi (1963) é do Rio de Janeiro. É poeta, tradutor, escritor, editor e professor da UFRJ, além de recente membro da Academia Brasileira de Letras. É formado em História pela UFF, Doutor em Ciência da Literatura pela UFRJ e Pós-Doutor em filosofia da Renascença na Universidade de Colônia, Alemanha. Recebeu o Prêmio Alceu Amoroso Lima: Poesia e Liberdade – 2008 pelo conjunto da obra poética. Publicou Meridiano celeste & bestiário (Prêmio Alphonsus de Guimarães 2006 da Biblioteca Nacional, finalista do Prêmio Jabuti 2007), A memória de Ulisses (Prêmio UBE João Fagundes de Meneses 2007),  Sphera (Menção Honrosa do Prêmio Jabuti 2004, Prêmio UBE de Poesia), Poemas reunidos (finalista do Prêmio Jabuti 2002), Os olhos do deserto, Saudades do paraíso, O sorriso do caos, Teatro alquímico (Prêmio Eduardo Frieiro 2000 da Academia Mineira de Letras), Faces da utopia, A paixão do infinito, Bizâncio (Comenda Espatário da Trebizonda, finalista do Prêmio Jabuti 1999). Escreve e publica em italiano também.  Entre muitos livros traduzidos, estão os romances A Ilha do dia anterior (finalista do Prêmio Jabuti 1996) e Baudolino (finalista do Prêmio Jabuti 2002), de Umberto Eco, A ciência nova, de Vico (Prêmio União Latina 2000, Prêmio Speciale del Presidente della Repubblica Carlo Ciampi: Prometeo d´Argento). No âmbito poético, traduziu Patmos e outros poemas de Hölderlin (Grupo Setembro, 1987); Poemas, de Georg Trakl (Numen, 1990); Poemas de Khliebnikov (Cromos, 1993), Pequena antologia amorosa (Nova Aguilar, 2000), de Juan de la Cruz, Poemas à noite, antologia de Georg Trakl e Rainer Maria Rilke (Topbooks, 1996), O canto da unidade: em torno da poética de Rûmî (Fissus, 2007,  Prêmio da UBE 2008), com traduções dos Rubayats de Rûmî, e A sombra do amado: poemas de Rûmî (Fisus, 2000, Prêmio Jabuti 2001). Continue lendo “Marco Lucchesi”

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