Afonso Félix de Souza (1925-2002) era goiano. Foi poeta premiado e atuante. Fundador de várias revistas literárias, como a Revista Agora e a Ensaio, foi também ativo nas causas corporativas, sendo fundador da Associação Brasileira de Escritores – Seção Goiás, e da Associação Nacional de Escritores. Transferiu-se a serviço do Banco do Brasil para o Rio de Janeiro, onde colaborou nos suplementos literários do Correio da Manhã e de outros jornais. Viveu dois anos em Paris, entre 1953 e 1955. Mais tarde, mudou-se para a recém-inaugurada Brasília e, em seguida, para Beirute, acompanhando a mulher, que era diplomata. Publicou seu primeiro livro de poemas em 1948. Ao todo, teve 18 livros de poesia publicados. Recebeu inúmeros prêmios literários, com destaque para o Álvares de Azevedo, da Academia Paulista de Letras (1961); o Tiocô, da UBE-Goiás (1979); o Prêmio Nacional de Poesia, do Pen Club do Brasil (1982) e o Prêmio Nacional de Poesia da Academia Brasileira de Letras (2002). Traduziu Antologia poética (Leitura, 1966) e Sonetos de amor obscuro (Civilização Brasileira, 1988), ambos de García Lorca; Sonetos de meditação (Villa Rica, 1985), de John Donne; Testamento (Itatiaia, 1987), de François Villon; e Poesia e prosa, de Leopardi (Nova Iguaçu, 1996, em colaboração).