Poesia Traduzida

Christovam de Camargo

Christovam de Camargo (1892-?) nasceu em São Paulo. Jornalista, poeta e escritor da década de 1920, fundou no Rio de Janeiro em 1927 a revista Columbia, dedicada à literatura latino-americana. Lançou o livro de versos Bronze (Buenos Aires: Mirtos, 1947). Entre outros, escreveu a biografia Meu perfil de Pedro I, o príncipe galante (Rio/Buenos Aires: Mirton, 1962). Foi amigo e contemporâneo de Mario de Andrade, Guilherme de Almeida e do poeta parnasiano Paulo Setúbal. Foi presidente do Instituto Argentino-Brasileño de Cultura, de Buenos Aires, onde viveu por muitos anos. Consta em nossos registros como tradutor de Rubaiatas (Minerva, 1960), de Omar Khayyam, numa versão feita a partir de uma interpretação literal do texto persa. Continue lendo “Christovam de Camargo”

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Cecília Meireles

Cecília Meireles

Cecília Meireles (1901-1964) foi professora, pedagoga, jornalista e, sobretudo, poeta. Estreou com Espectros (1919), uma coleção de sonetos simbolistas. Entre 1925 e 1939, trabalhou como professora, período em que publicou livros infantis e fundou, em 1934, a Biblioteca Infantil do Rio de Janeiro, primeira desse tipo no Brasil. Ensinou literatura brasileira em Austin (EUA) e, em 1936, foi nomeada professora na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Por Viagem (1939), recebeu o prêmio de poesia da Academia Brasileira de Letras. Publicou ainda: Nunca mais… e Poema dos Poemas (1923);  Criança meu amor (1924); Baladas para El-Rei (1925); Vaga Música (1942), Mar Absoluto e Outros Poemas (1945), Retrato Natural (1949), Romanceiro da Inconfidência (1953), Metal Rosicler (1960), Poemas Escritos na Índia (1962), Solombra (1963) e Ou Isto ou Aquilo (temática infantil, 1964). Conhecia inglês, francês, italiano, russo, hebraico e dialetos do grupo indo-iraniano. Traduziu obras relevantes da literatura mundial, como Orlando, de Virginia Woolf, dramas de García Lorca e o romance Çaturanga, do indiano Tagore.  Traduziu ainda “A canção de amor e de morte do poeta-estandarte Cristóvão Rilke”, que está no volume Cartas a um jovem poeta (1953), assinada em conjunto com Paulo Rónai, que traduziu as cartas. Consta no levantamento de tradução poética entre 1960 e 2009 com sua tradução das antologias Poesia de Israel (Civilização Brasileira, 1972); Poesia e prosa de Israel (Departamento Cultural da Embaixada de Israel, 1968). Traduziu ainda os chineses Li Po e To Fu (Nova Fronteira, 1996), trabalho que permaneceu inédito e só foi publicado mais de trinta anos após a sua morte.

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Carlos Nejar

Carlos Nejar (1939) é poeta, ficcionista, tradutor e crítico literário. É membro da Academia Brasileira de Letras. Bacharel em Direito pela PUCRS, foi professor da rede pública estadual (RS) e Promotor da Justiça Estadual e Procurador da Justiça em Porto Alegre. O seu primeiro livro de poesias, Sélesis, foi publicado em 1960. Trabalhou no jornal Diário de Notícias, de Porto Alegre, como colaborador da página literária “Nossa Geração”. Recentemente, publicou a sua História da literatura brasileira (Leya, 2011). Foi o primeiro tradutor de Jorge Luis Borges (contos) no Brasil, para a editora Globo de Porto Alegre, no início dos anos 1970. Continue lendo “Carlos Nejar”

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Carlos Loria

Carlos Loria é baiano. Lançou Territor (Edições Audience of One, 1980); Aborigem (Código, 1988); Monocromos (Audience of one, 2004). Foi professor de italiano da Faculdade São Bento/ Salvador (BA). Traduziu Cummings:20 Poemas (Código, 1990) e, em parceria com Adalberto Müller, O partido das coisas, de Francis Ponge (Iluminuras, 1995). Continue lendo “Carlos Loria”

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Carlos Felipe Moisés

Carlos Felipe Moisés (1942-2017) fez sua estreia como poeta em 1960, com apenas 18 anos. Paulistano, estudou Letras na USP e, na época, começou a colaborar com o suplemento literário do jornal O Estado de São Paulo. Foi professor de Teoria Literária e Literaturas de Língua Portuguesa na Faculdade de Filosofia de São José do Rio Preto (1966-68), na PUC de São Paulo (1967-1970), na Universidade Federal da Paraíba (1977) e na USP (1972-1992).  Passou várias temporadas no Exterior – em Portugal e na França, como bolsista da Fundação Gulbenkian, e nos EUA, como poeta residente em Iowa City (1974-75), e como professor visitante na Universidade da Califórnia, em Berkeley (1978-1982), e na Universidade do Novo México (1986). Tem nove livros de poesia publicados, onze de teoria literária, além de livros infanto-juvenis. Participou de 13 antologias de poetas contemporâneos publicadas no Brasil, em Portugal, na França e nos Estados Unidos. Dois de seus livros, Poemas reunidos (Cultrix, 1974) e Subsolo (Massao Ohno Editor, 1989) receberam o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte. Sua obra inclui poesia, ficção, ensaio, tradução, literatura infanto-juvenil e edições comentadas de poetas modernos e contemporâneos. Fora do âmbito da tradução poética, destaca-se a sua tradução de Que é a literatura? [Qu’est-ce que la littérature?], de Jean-Paul Sartre (Ática, 1989) e de Tudo o que é sólido desmancha no ar [All that’s solid melts into air], de Marshall Berman (Companhia das Letras, 1986). Suas traduções poéticas estão reunidas em Alta Traição (Unimarco, 2005), tendo também traduzido poemas de Auden (Espectro, 2009). Continue lendo “Carlos Felipe Moisés”

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Carlito Azevedo

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Foto: Rafael Moraes/Blog da 7Letras

Carlito Azevedo (1961) é um poeta carioca da geração de 1990.  É editor e crítico. Suas principais obras são: Collapsus Linguae (1991), vencedora do Prêmio Jabuti; As banhistas (1993); Sob a noite física (1996); Versos de Circunstância (2001) e Monodrama (2009). Desde 1997, edita a revista de poesia Inimigo Rumor que, segundo Manuel da Costa Pinto, organizador da Antologia comentada da poesia brasileira do século 21, “vem publicando alguns dos nomes mais importantes da poesia brasileira contemporânea e estabelecendo uma ponte fundamental com poetas portugueses” (PINTO, 2006, p. 55). A revista prioriza a poesia brasileira, a tradução de poesia e os ensaios. Traduziu Ode a uma estrela, de Neruda (Cosac Naify, 2009) e Dia de folga, de Jacques Prévert (Cosac Naify, 2004). Continue lendo “Carlito Azevedo”

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Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior

Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior (1937-2007), conhecido como Bento Prado, ou Prado Jr. foi professor de Filosofia na USP e na Universidade de São Carlos. Foi filósofo, escritor, poeta, crítico literário e tradutor. Suas obras mais importantes são na área da Filosofia. Em 1969, na ditadura militar, foi aposentado compulsoriamente e exilou-se na França. Retornou ao Brasil no final da década de 1970.  Uma amostra da sua produção poética está em Filosofemas – Antologia 2 (Massao Ohno Editor, 1987). No âmbito da tradução poética, traduziu Horácio: Odes e Épodos (Martins Fontes, 2003). Continue lendo “Bento Prado de Almeida Ferraz Júnior”

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Augusto de Campos

Augusto de Campos

Augusto de Campos (1931) estreou na poesia com O rei menos o reino (1951). Formado em Direito, atuou como Procurador do Estado. Tradutor e ensaísta, crítico literário e musical, é um dos pais da poesia concreta no Brasil. Após os anos 1980, começou a fazer poesia usando os recursos das novas mídias: painéis eletrônicos, holografias, laser, animações computadorizadas, poemas sonoros e visuais. Seus principais livros de poemas são Viva Vaia (1979), Despoesia (1994) e Não (2003, com um CD de Clip-Poemas), Poemóbiles (1974), coleções de poemas-objetos em colaboração com o artista plástico e designer Julio Plaza.  É o tradutor de poesia brasileiro mais produtivo das últimas cinco décadas (ver início deste capítulo), com 31 traduções poéticas. Suas traduções poéticas são: Dez poemas de e.e. cummings (Serviço de Documentação, MEC, 1960);  O Tygre, de William Blake (Edição do autor, 1977);  John Donne, o dom e a danação (Noa Noa, 1978); 20 POEM(A)S , de e.e.cummings (Noa Noa 1979);  Mais provençais: Raimbaut e Arnaut (Noa¬Noa, 1982, 2ª edição, ampliada, Companhia das Letras, 1987); John Keats: Ode a um rouxinol e Ode sobre uma urna (Noa Noa, 1984);  A serpente e o pensar, de Paul Valéry (Brasiliense, 1984);  John Cage: de segunda a um ano (Hucitec, 1985); 40 Poem(a)s, de cummings (Brasiliense, 1986); Hopkins: cristal terrível  (Noa Noa, 1991);  Irmãos germanos (Noa Noa, 1992); Rimbaud livre (Perspectiva, 1992); Rilke: poesia-coisa (Imago, 1994); Hopkins: a Beleza Difícil (Perspectiva, 1997);  P O E M (A) S, de cummings (Francisco Alves, 1999);  Coisas e Anjos de Rilke (Perspectiva, 2001); Quase-Borges + 10 TRANSPOEMAS (Memorial da América Latina, 2006); Eu não sou ninguém, de Emily Dickinson (Unicamp, 2008); Poemas-estalactites, de August Stramm (Perspectiva, 2008). Publicou ainda as antologias Verso, reverso, controverso (Perspectiva, 1978); O Anticrítico (Companhia das Letras, 1986); Via Linguaviagem (Companhia das Letras, 1987); Poesia da recusa (Perspectiva, 2006) e Byron e Keats: entreversos (Editora da Unicamp, 2009). Em colaboração, traduziu Cantares, de Ezra Pound (Serviço de Documentação, MEC, 1960); Poemas, de Maiakovski (Tempo Brasileiro, 1967); Antologia poética de Ezra Pound (Serviço de Documentação, MEC, 1968); Traduzir e trovar (Papyrus, 1968); Poesia russa moderna (Civilização Brasileira, 1968); ABC da literatura, de Ezra Pound (Cultrix, 1970) e Mallarmargem (Noa Noa, 1971).

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Augusto Contador Borges

Augusto Contador Borges (1954) nasceu em São Paulo. Publicou os livros de poesia Angelolatria (Iluminuras, 1997), O Reino da Pele (Iluminuras, 2003) e A Morte dos Olhos (Iluminuras, 2007). Estreou com dramaturgo em 2007 com a peça Wittgenstein! Traduziu do Marquês de Sade Ciranda dos Libertinos (Max Limonad, 1988), A Filosofia na Alcova e Diálogos entre um padre e um moribundo, da coleção Pérolas Furiosas, da editora Iluminuras, além de  Aurélia, de Gerard de Nerval (Iluminuras, 1991). No âmbito poético, traduziu O nu perdido e outros poemas (Iluminuras, 1995), do poeta francês René Char. Continue lendo “Augusto Contador Borges”

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Antônio Risério

Antônio Risério

Antônio Risério (1953) é antropólogo e poeta, pesquisador da etnopoesia. Foi responsável pelo projeto para a implantação do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e também faz roteiros para cinema e televisão. Suas principais obras poéticas são Fetiche (Fundação Casa de Jorge Amado, 1996) e Brasibraseiro (Landy, 2004). Traduziu a antologia de poesia iorubá Oriki Orixá (Perspectiva, 1996) e “Fragmentos de Altazor”, de Vicente Huidobro, na antologia Folhetim, poemas traduzidos (Folha de São Paulo, 1987).

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