Fábio Aristimunho Vargas (1977) é advogado, professor universitário na área do Direito, poeta e tradutor. Mestre em Direito Internacional pela USP e doutorando em Teoria Literária/Tradução pela UFPR. É organizador do Tordesilhas – Festival Ibero-Americano de Poesia Contemporânea. É especialista em Estudos Bascos pela Universidad del País Vasco (2008). Foi tradutor-residente na Universitat Autònoma de Barcelona com bolsa do Institut Ramon Llull (2009). Publicou os livros de poemas Medianeira (Quinze & Trinta, 2005) e Pré-datados (Lumme, 2010). Organizou e traduziu para a editora Hedra quatro antologias de poesia: basca, catalã, galega e espanhola, das origens à guerra civil. Continue lendo “Fábio Aristimunho Vargas”→
Everardo Norões (1944) nasceu no Ceará. É economista, poeta e crítico literário. Viveu na França, na Argélia e em Moçambique; hoje mora no Recife. Sua obra poética inclui: Poemas Argelinos (Ed. Pirata, 1981); Poemas (Fundação de Cultura da Cidade do Recife, 2000), Nas entrelinhas do mundo, em coautoria (En sol, 2002); A rua do padre inglês (2006) e Retábulo de Jerônimo Bosch (2009). Também é crítico teatral e dramaturgo. Traduziu El río hablador/ O rio que fala – Antologia da poesia peruana (7Letras, 2007). Continue lendo “Everardo Norões”→
Dora Ferreira da Silva (1918-2006) foi poeta, tradutora e ensaísta. Nasceu em Conchas (SP). Ganhou três vezes o Prêmio Jabuti e foi premiada pela Academia Brasileira de Letras (ABL) por sua Poesia Reunida. Nos anos 1950, fundou e dirigiu a Diálogo, revista que difundiu a produção intelectual da época e tornou-se uma referência cultural. No final da década de 1960, lançou a revista Cavalo Azul. Estreou com Andanças em 1970, livro que reuniu poemas escritos a partir de 1948. Publicou nove volumes de poemas, entre eles Retratos da Origem, Poemas da Estrangeira, Cartografia do imaginário e, o último, Hídrias, venceu o prêmio Jabuti em 2005. Sua poesia tem referências míticas e religiosas, assim como os livros que traduziu. Não é um acaso que tenha sido a tradutora de Memórias, sonhos e reflexões, de Carl Jung. Dora também traduziu os poemas que compõem a versão brasileira da obra de Hugo Friedrich, Estrutura da lírica moderna. Constam em nosso levantamento duas traduções poéticas de Rilke: Elegias de Duíno (Globo, 1972) e Vida de Maria (Vozes, 1994). Traduziu ainda A poesia mística de San Juan de la Cruz (Cultrix, 1982) e o poeta barroco alemão Angelus Silesius (T.A. Queiróz, 1986). Continue lendo “Dora Ferreira da Silva”→
Décio Pignatari (1927-2012) nasceu em Jundiaí (SP). Atuou como poeta, ensaísta, tradutor, contista, romancista, dramaturgo e professor. Publicou seus primeiros poemas na Revista Brasileira de Poesia, em 1949. Em 1950, estreou com o livro de poemas Carrossel, e, em 1952, funda o grupo e edita a revista Noigandres, com os amigos Haroldo de Campos (1929 – 2003) e Augusto de Campos (1931). Com o grupo Noigandres, em 1956, lança oficialmente o movimento de poesia concreta. Em 1965, ainda com Haroldo e Augusto de Campos, lança o livro Teoria da Poesia Concreta. Além da produção crítica e literária, fez pesquisas na área de semiótica. Traduziu, em parceria com os irmãos Campos, Cantares, de Ezra Pound (MEC, 1960); Mallarmagem (Noa Noa, 1971); Antologia poética de Ezra Pound (MEC, 1968). Suas traduções solo são Marina, de Marina Tsvietáieva (Travessa dos Editores, 2005) e as antologias Retrato do amor quando jovem: Dante, Shakespeare, Sheridan, Goethe (Companhia das Letras, 1990) e 31 poetas, 214 poemas: do Rig-veda e Safo a Apollinaire (Companhia das Letras, 1997). Continue lendo “Décio Pignatari”→
Darcy Damasceno (1922-1988) trabalhou por cerca de 30 anos na Biblioteca Nacional, no Rio de janeiro, na divisão de Manuscritos. Foi um estudioso da literatura brasileira, tendo se aprofundado na obra de Cecília Meireles (1901-1964). Poeta identificado com a Geração de 45, publicou Poemas (Pongetti, 1946); Fábula serena (Orfeu, 1949), Jogral caçurro e outros poemas (Livros de Portugal, 1958), Trigésima (Orfeu, 1967), Poesia (Orfeu, 1967) e Poesia, modificada pelo autor e acrescida dos poemas inéditos de Noites claras (Gráfica JB, 1988). Alguns de seus ensaios foram reunidos em De Gregório a Cecília (Edições Galo Branco, 2007). Como tradutor de poesia, destaca-se O cemitério marinho, de Paul Valéry (Orfeu, 1941 e Dinamene, 1960). Traduziu ainda Poesia espanhola: ensaio de métodos e limites estilísticos, de Dámaso Alonso (Instituto Nacional do Livro, 1960). No período deste levantamento, aparecem as traduções de Poesias, de Saint-John Perse (Delta, 1969), e de Poemas, de Giórgos Séferis (Opera Mundi, 1971). Continue lendo “Darcy Damasceno”→
Dante Milano (1899-1991) era carioca. Começou a publicar seus poemas em revistas em 1920, mas seu primeiro livro, Poesias, foi publicado somente em 1948. Em 1935, editou a Antologia de Poetas Modernos e publicou traduções de poetas como Horácio, Dante Alighieri e Charles Baudelaire. Em 1982, foi agraciado com o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras. Foi amigo de Manuel Bandeira e de Drummond. Traduziu a antologia Poemas traduzidos de Baudelaire e Mallarmé (Boca da Noite, 1986). É representante da terceira geração modernista. Continue lendo “Dante Milano”→
Cristiano Martins (1912-1981) nasceu em Montes Claros (MG). Diplomado em Direito, foi professor universitário, poeta, ensaísta e tradutor. Pertenceu à Academia Mineira de Letras e à Associação Nacional de Escritores. Publicou Brejo das almas (1934); Elegia de abril (1939); Camões, temas e motivos da obra lírica (1944); Goethe e a elegia de Marienbad (1949) e Rilke, o poeta e a poesia (1949). Na bibliografia poética 1960-2009, aparecem as suas traduções de Inferno (Imprensa, 1971) e de A divina comédia (Itatiaia, 1976), ambas de Dante Alighieri. Continue lendo “Cristiano Martins”→
Cláudio Willer (1940) é paulista. Atua como poeta, crítico e tradutor. É considerado um poeta surrealista, além de ser sempre lembrado por sua ligação com a poesia beat. Estreou com Anotações para um apocalipse (Massao Ohno Editor, 1964), seguida por Dias circulares (Massao Ohno Editor, 1976), Jardins da Provocação (Massao Ohno/Roswitha Kempf Editores, 1981) e Estranhas Experiências (Lamparina, 2004). Segundo Maria Esther Maciel, Willer e Floriano Martins são “dois dos mais inventivos e prolíficos poetas de linhagem surrealista em atuação no cenário poético do Brasil contemporâneo”. Com Martins, coeditou a revista eletrônica Agulha, de 1999 a 2009. Escreveu ensaio sobre a Geração beat (L&PM, 2009) e presidiu por vários mandatos a União Brasileira de Escritores. A sua prática tradutória sempre esteve ligada à sua produção poética. No início da década de 1970, traduziu Os cantos de Maldoror, de Lautréamont (Vertente, 1970), cuja obra completa viria a lançar em 1998 pela Iluminuras. Na década de 1980, traduziu Uivo, do poeta beat Allen Ginsberg. Continue lendo “Cláudio Willer”→
Cláudio Daniel (1962) é poeta, professor, tradutor e ensaísta. Sua formação inicial é o jornalismo. Fez mestrado em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP) e mantém o blog literário Cantar a Pele de Lontra. Edita desde 2006 a Zunái – Revista de Poesia e Debates. Assumiu em 2010 como curador de Literatura e Poesia do Centro Cultural São Paulo (CCSP), ligado à prefeitura paulistana. Além de promover encontros e palestras sobre poesia, sob a sua direção, a curadoria lançou a coleção “Poesia Viva”, plaquetes de poesia brasileira contemporânea com tiragem de mil exemplares e distribuição gratuita, projeto que está divulgando autores da literatura recente, “de diversas gerações, tendências e estilos, novos ou consagrados”. A revista eletrônica Zunái, além do que o seu nome anuncia: poesia, debates e ensaios, costuma defender bandeiras político-ideológicas, como, por exemplo, a causa palestina. Foi curador do Centro Cultural São Paulo entre 2010 e 2014, colunista da CULT. No âmbito poético, Cláudio Daniel publicou os livros Sutra (edição do autor, 1992), Yumê (Ciência do Acidente, 1999) e A sombra do leopardo (Azougue Editorial, 2001), esse último vencedor do prêmio Redescoberta da Literatura Brasileira, promovido pela revista CULT. Publicou ainda Figuras metálicas (2007), Fera bifronte (2007), Cores para cegos (2010), Cadernos bestiais, Esqueletos do nunca e Livro dos orikis, todos de 2015. Organizou os eventos literários internacionais Galáxia Barroca e Kantoluanda, em 2006, em São Paulo, entre outros. São seus parceiros nas traduções os poetas Luiz Roberto Guedes, Horácio Costa, Glauco Mattoso e Virna Teixeira. No levantamento de tradução poética 1960-2009, aparece com as seguintes traduções: Shakti, de Reinaldo Jimenez (Lumme, 2006); Sunyata & outros poemas, de Víctor Sosa (Lumme, 2006); Estação da fábula, de Eduardo Milán (Fundação Memorial da América Latina, 2002); Geometria da água e outros poemas (Fundação Memorial da América Latina); Rupestres (Tigre do Espelho, 2001); Madame Chu e outros poemas (Travessa, 2003); Íbis amarelo sobre fundo negro (Travessa, 2006), todos de José Kozer; e Máquina final, de Efraín Rodríguez Santana (Lumme, 2009). Além disso, organizou e participou da tradução da antologia Jardim dos cameleões – A poesia neobarroca na América Latina (Iluminuras, 2004).
Claudia Roquette-Pinto (1963) é carioca. Formada em tradução literária pela PUC-RJ, dirigiu durante cinco anos o jornal cultural Verve. Tem cinco livros de poesia publicados: Os dias gagos (Edição da autora, 1991); Saxífraga (Editora Salamandra, 1993); Zona de sombra (Editora 7Letras, 1997); Corola (Ateliê Editorial, 2001 – Prêmio Jabuti de Poesia de 2002) e Margem de manobra (Editora Aeroplano, 2005). Consta do levantamento de tradução poética com Primeiras Palavras, de Douglas Messerli (Ateliê, 1999), feita em conjunto com Régis Bonvicino.