Carlos Felipe Moisés

Carlos Felipe Moisés (1942-2017) fez sua estreia como poeta em 1960, com apenas 18 anos. Paulistano, estudou Letras na USP e, na época, começou a colaborar com o suplemento literário do jornal O Estado de São Paulo. Foi professor de Teoria Literária e Literaturas de Língua Portuguesa na Faculdade de Filosofia de São José do Rio Preto (1966-68), na PUC de São Paulo (1967-1970), na Universidade Federal da Paraíba (1977) e na USP (1972-1992).  Passou várias temporadas no Exterior – em Portugal e na França, como bolsista da Fundação Gulbenkian, e nos EUA, como poeta residente em Iowa City (1974-75), e como professor visitante na Universidade da Califórnia, em Berkeley (1978-1982), e na Universidade do Novo México (1986). Tem nove livros de poesia publicados, onze de teoria literária, além de livros infanto-juvenis. Participou de 13 antologias de poetas contemporâneos publicadas no Brasil, em Portugal, na França e nos Estados Unidos. Dois de seus livros, Poemas reunidos (Cultrix, 1974) e Subsolo (Massao Ohno Editor, 1989) receberam o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte. Sua obra inclui poesia, ficção, ensaio, tradução, literatura infanto-juvenil e edições comentadas de poetas modernos e contemporâneos. Fora do âmbito da tradução poética, destaca-se a sua tradução de Que é a literatura? [Qu’est-ce que la littérature?], de Jean-Paul Sartre (Ática, 1989) e de Tudo o que é sólido desmancha no ar [All that’s solid melts into air], de Marshall Berman (Companhia das Letras, 1986). Suas traduções poéticas estão reunidas em Alta Traição (Unimarco, 2005), tendo também traduzido poemas de Auden (Espectro, 2009).